Aline
Ludwig
Bolsista PIBID
Dando seqüência as atividades na Escola Estadual Marechal Bormann, desta vez acompanhando os 9º anos em sala de aula, nos deparamos com temas que muitas vezes passam despercebidos, como racismo e xenofobia, porém os mesmos são extremamente relevantes e necessários a serem tratados na atualidade.
A escola, como local de
socialização,tem as suas portas abertas a todos, independentemente das diversas
origens, nacionalidades, religiões, etnias, etc., então o processo educacional
converge cada vez mais para identidades plurais.Todos sabemos que a presença,
nas nossas escolas, de alunos de diversas origens etnoculturais tem vindo não
só a diversificá-las, mas também à enriquecê-las.
Os dois conceitos abordados em sala estão presentes há muito tempo em
nossa sociedade, porém muitas pessoas ainda não conseguem distinguir nem
identificá-los. A xenofobia existe desde
os tempos mais remotos, como se vê, por exemplo na exclusão dos leprosos da
sociedade, e no nazismo. As origens de atitudes xenófobas partem principalmente
de rivalidades religiosas, problemas econômicos e sociais, nacionalismo
excessivo e/ou incentivo por parte de partidos políticos. As vitimas são
geralmente imigrantes, minorias étnicas e religiosas.Já o racismo surgia muito
ligado a escravidão. Depois com a sua proibição, surgiram movimentos apoiadores
do genocídio de determinadas raças, como o nazismo. Tal sentimento se manifesta
a partir da discriminação, violência, genocídio em casos extremos e abuso
verbal.Suas vítimas são imigrantes, principalmente africanos e asiáticos, povos
de religiões diferentes e minoritários.
O conteúdo foi abordado em uma aula expositiva dialogada onde os alunos
puderam participar ativamente. Avaliamos esta intervenção positivamente, pois
os alunos demonstraram-se interessados em conhecer mais sobre o tema,
participaram ativamente dos debates que surgiram em torno do assunto,
relacionavam a fatos atuais mostrados pela mídia e às próprias experiências
vivenciadas.
Qualquer tipo de ensino, hoje em dia, confronta-se cada vez mais com uma
grande heterogeneidade social e cultural. É certo que todos concordamos que é
preciso educar para uma sociedade multicultural, e teremos de ter como
referência da nossa ação o desenvolvimento e atitudes baseadas no respeito,
tolerância, justiça e igualdade. Nesse sentido, quanto mais cedo os alunos estiverem
habituados a ouvir, a falar e a pensar sobre as diferenças e semelhanças, mais
aptas estarão a conhecer-se a si mesmas e aos outros.