26 de setembro de 2013

Racismo e xenofobia: noções e debates em sala de aula

Aline Ludwig
Bolsista PIBID

Dando seqüência as atividades na Escola Estadual Marechal Bormann, desta vez acompanhando os 9º anos em sala de aula, nos deparamos com temas que muitas vezes passam despercebidos, como racismo e xenofobia, porém os mesmos são extremamente relevantes e necessários a serem tratados na atualidade.

 A escola, como local de socialização,tem as suas portas abertas a todos, independentemente das diversas origens, nacionalidades, religiões, etnias, etc., então o processo educacional converge cada vez mais para identidades plurais.Todos sabemos que a presença, nas nossas escolas, de alunos de diversas origens etnoculturais tem vindo não só a diversificá-las, mas também à enriquecê-las.

Os dois conceitos abordados em sala estão presentes há muito tempo em nossa sociedade, porém muitas pessoas ainda não conseguem distinguir nem identificá-los.  A xenofobia existe desde os tempos mais remotos, como se vê, por exemplo na exclusão dos leprosos da sociedade, e no nazismo. As origens de atitudes xenófobas partem principalmente de rivalidades religiosas, problemas econômicos e sociais, nacionalismo excessivo e/ou incentivo por parte de partidos políticos. As vitimas são geralmente imigrantes, minorias étnicas e religiosas.Já o racismo surgia muito ligado a escravidão. Depois com a sua proibição, surgiram movimentos apoiadores do genocídio de determinadas raças, como o nazismo. Tal sentimento se manifesta a partir da discriminação, violência, genocídio em casos extremos e abuso verbal.Suas vítimas são imigrantes, principalmente africanos e asiáticos, povos de religiões diferentes e minoritários.

O conteúdo foi abordado em uma aula expositiva dialogada onde os alunos puderam participar ativamente. Avaliamos esta intervenção positivamente, pois os alunos demonstraram-se interessados em conhecer mais sobre o tema, participaram ativamente dos debates que surgiram em torno do assunto, relacionavam a fatos atuais mostrados pela mídia e às próprias experiências vivenciadas.


Qualquer tipo de ensino, hoje em dia, confronta-se cada vez mais com uma grande heterogeneidade social e cultural. É certo que todos concordamos que é preciso educar para uma sociedade multicultural, e teremos de ter como referência da nossa ação o desenvolvimento e atitudes baseadas no respeito, tolerância, justiça e igualdade. Nesse sentido, quanto mais cedo os alunos estiverem habituados a ouvir, a falar e a pensar sobre as diferenças e semelhanças, mais aptas estarão a conhecer-se a si mesmas e aos outros.

23 de setembro de 2013

Produção de documentários sobre a globalização

Élida Vieira e Cleverton Zamboni
Bolsistas PIBID

Vivemos em uma sociedade sob a égide da globalização, importante processo que impacta direta e desigualmente sobre territórios e populações.  Nesse contexto, os bolsistas desenvolveram uma atividade que envolvesse os alunos com o intuito de fazê-los entender como se deu o processo de globalização, tema este que muito foi estudado pelo geógrafo brasileiro Milton Santos. E para tal, por que não usar dos meios tecnológicos como recurso didático? A atividade teve como objetivo a produção de um documentário relacionado com o conteúdo abordado em aula, bem como com a realidade dos alunos. Cada turma (81 e 82) foi dividida em sete grupos de no máximo cinco alunos, em que estes produziram um vídeo de cerca de três minutos correspondendo com o assunto que lhes foi destinado. Para a edição do documentário final (um em cada turma), a preocupação permeou a busca por uma assimilação do início aos dias atuais desse processo de globalização, que se caracteriza por ser a fase contemporânea do modo de produção capitalista.

Cada grupo ficou encarregado de um assunto, dentre os seguintes:
1) Biografia de Milton Santos;
2) Fases da globalização: desde as Grandes Navegações do século XVI, motivadas pela busca por novos territórios, desenvolvendo o processo de migração para a exploração econômica dessas novas terras. Outra fase que marcou a globalização foi a Revolução Industrial, que se caracterizou pelo uso de máquinas e pelo emprego de mão-de-obra assalariada no lugar do trabalho artesanal, na busca por uma produção cada vez maior levou a divisão social do trabalho, gerando mais lucros para os detentores dos meios de produção. A importância da máquina a vapor, introduzida nos meios de transportes, como trens e barcos. Nesse ínterim, inovações tecnológicas, como o telégrafo e o telefone, expandiram as fronteiras, ampliando os horizontes da comunicação e assim, diminuindo as distâncias.
3) Ênfase dos avanços tecnológicos ocorridos na sociedade, com a Corrida Espacial, no ramos da biotecnologia e robótica.
4) Importantes consequências sociais da Globalização, como o desemprego estrutural, devido à revolução técnico-científico-informacional e a maior mobilidade geográfica do capital;
5) Principais efeitos da globalização para o meio ambiente, com enfoque principal para os recursos naturais;
6) Aquecimento global e conferências ambientais mundiais;
7) Finalmente, para fechar o documentário o tema gerador, Globalização Cultura e Sociedade de Consumo, com evidência para o comércio da principal avenida da cidade de Chapecó, a avenida Getúlio Vargas.

Segue abaixo, o resultado de uma das produções.





Os alunos acharam interessante a ideia de produzir o documentário para compreender melhor o que haviam estudado, pois teriam que fazer uma pesquisa sobre tema que escolheram e depois apresentar para seus colegas. Cada grupo gravou seu vídeo em um local diferente e precisava fazer com que se parecesse com um telejornal.Alguns alunos tiveram um pouco de dificuldade na hora da gravação do vídeo, com problemas de áudio e vídeo, pois foram bastante variados os instrumentos de gravação, tais como webcams, aparelhos de telefone celular, câmeras filmadoras, etc. Além do meio de envolver os alunos com a produção de vídeos, buscou-seainda integrar as alunas surdas. Para esse fim, as meninas interpretaram em libras o conteúdo escolhidos por elas, inserindo uma legenda auxiliar.

Debate sobre o contexto brasileiro atual

Ana Paula Zanella
Bolsista PIBID

No dia 09 de Julho/2013, aconteceu na escola Lara Ribas de Chapecó-SC, debate sobre o contexto brasileiro atual, com os seguintes debatedores: Wesley Soccol – Aluno da 3º ano no Ensino Médio; Annelise e Juvenal – Professores de Geografia e Filosofia respectivamente da escola; Willian Simões e Clovis – professores de Geografia e Filosofia da UFFS.




A principal discussão girou em torno dos últimos acontecimentos do Brasil, principalmente as manifestações ocorridas em junho de 2013. Cada debatedor tinha um tempo de expor suas opiniões, conforme sua formação e convivência, e no final houve as perguntas dos alunos. Algumas das discussões foram sobre fontes de informações alternativas e redes sociais, que influenciaram as manifestações em todo o Brasil. Trata-se de uma forma de comunicação rápida, porém, não atinge toda a população, apenas uma faixa. Outra discussão importante foi a “não representação” dos políticos por parte da população. Tal questão vem ao encontro do momento atual dos alunos: quem os representa? Não há grêmio estudantil na escola.





Deste modo, seguindo o posicionamento do Projeto Político Pedagógico da escola, onde os “alunos devem ter liberdade de pensar, expressar, aprender, valorizando as experiências cotidianas”, o debate da escola contribuiu para criar um ambiente propício ao debate político, bem como para os alunos se expressarem. Como mensagem final, fica a convicção de que é hora de resgatar a utopia que vive em nós, sabendo que os jovens pertencem a um mundo, no qual, o valor da liberdade é o mais fundamental.

Subprojetos PIBID da UFFS discutem o “aquecimento global" com estudantes do ensino médio

Ederson Nascimento
Coordenador de Área - PIBID/Geografia


No último dia 13/08/2013, entre as 13 e 17 horas, foi realizada no auditório da UFFS Bom Pastor, uma oficina de cinema comentado e de debate sobre a temática do “Aquecimento global”, elaborada pelos subprojetos PIBID de Geografia, Letras e Ciências Sociais da UFFS, campus de Chapecó. A atividade foi coordenada pelos professores da UFFS Ederson Nascimento, Tânia Welter e Morgana Cambrussi, e Cleciomara Sanzovo e Tarcísio Briguenti, da Escola de Educação Básica Marechal Bormann. Contou ainda com a participação de licenciandos bolsistas dos três subprojetos PIBID supramencionados.

A exposição e debate tiveram como público alvo três turmas de ensino médio (1º e 2º anos) da Escola Marechal Bormann e ficaram a cargo de um professor convidado (não integrante do PIBID) e especialista em questões climáticas e ambientais: o geógrafo e prof. Andrey Binda, da UFFS.


Em linhas gerais, a atividade teve como pressuposto apresentar aos estudantes do ensino médio a teoria do aquecimento global enquanto hipótese sobre as mudanças climáticas. Para isso buscou-se pautar as discussões no sentido de levantar o papel da mídia na formação popular do discurso do aquecimento global enquanto teoria. Em rápida enquete realizada com os alunos ficou claro que quase a totalidade julgava o aquecimento global como teoria irrefutável. 




Com vistas a enriquecer as discussões foram selecionados e exibidos trechos de dois importantes documentários (Uma verdade inconveniente – 2006; A grande farsa do aquecimento global – 2007) que apresentavam diferentes visões sobre o aquecimento global e sobre as mudanças climáticas recentes. Por fim, levantaram-se os principais mecanismos que induzem mudanças climáticas, finalizando com reflexões sobre os casos de neve e frio extremo registrado na região sul, como possíveis variações cíclicas do clima. A partir desse momento foi dedicado espaço para perguntas onde ficou claro o interesse dos alunos pelo assunto, devido a curiosidade na desmistificação do aquecimento global enquanto teoria e apresentação de uma nova hipótese para explicação das alterações no clima.




A atividade foi considerada satisfatória, tanto para os estudantes da escola, que puderam vir à universidade e participar do debate de um importante tema para conhecimento, como para a equipe do PIBID, que pode realizar mais uma importante atividade de integração entre os saberes universitário e escolar.



A sociedade do consumo e o desperdício de alimentos

Annelise Edith Schmidt
Supervisora - PIBID/Geografia

Bernardo Luza
Bolsista PIBID/Geografia

      Atualmente, sabe-se que é preciso de forma urgente evitar o enorme desperdício de alimentos gerados no mundo. Com a emergência da consciência ambiental que já se sente no sentido de evitar o aumento de degradação de florestas, de acordos e legislação que tratam da diminuição da poluição do ar, em função do aquecimento global, o processo de reciclagem de materiais, é emergente enfrentar o Desperdício de alimentos, uma vez que há já comprovadamente perda de solo agricultável e grandes áreas produtoras de alimentos voltados para produção de combustíveis.

       Na nossa Unidade Escolar, a realidade chega ser chocante, as refeições dos alunos é terceirizada, e segundo dados levantados pelos alunos durante uma semana de observação, pesagem e acompanhamento de todo alimento jogado no lixo, chegou aos absurdos 102 kilogramas.  Precisamos sim, pensar em uma escola Sustentável então temos que fazer a tarefa de casa, diminuir o Desperdício e dar um fim ambientalmente correto das sobras, que deverão ser reduzidas consideravelmente e de forma urgente.

      Vivemos numa Sociedade do Consumo, onde não só alimentos são desperdiçados, mas somos geradores de inúmeros materiais recicláveis, onde muito pouco disso é reaproveitado e realmente reciclado, portanto emerge discutir e pensar no desenvolvimento de uma Sociedade capaz de reavaliar suas atitudes e perceber que estamos no limite dos recursos oferecidos pelo Planeta, assim como a disponibilidade de energia para processamento de tudo que precisamos e nos cerca enquanto consumidores. Supérfluos, embalagens e bens de rápido descarte e superação tecnológica fazem parte do cotidiano do cidadão global como algo normal, e parecer infinito imperativo de uma mídia mediática.    

      A teoria científica que utiliza a lógica do saber técnico-instrumental se sintetiza no nascimento da ideia de que o conhecimento consiste na dominação da natureza e da sociedade. Com isso, ela reúne junto a si a busca constante de novos métodos de explorar novos caminhos, as descobertas realizadas são aplicadas para efetivação de determinados objetivos, na maioria das vezes, beneficiando somente uma minoria.

Grupo de participantes: Além dos alunos, participação maciça dos pais, professores e supervisores do Pidid (Programa Institucional De Bolsas De Iniciação á Docência), coordenadores do Pibid (Universidade Federal da Fronteira Sul) e a Direção geral da Escola.

       Há no planeta dois bilhões de pobres que não se alimentam por não terem acesso a alimentos e por outro a dramática situação do desperdício, e o Brasil está entre os dez países do mundo que mais desperdiçam alimentos, calcula-se que no mundo são jogados no lixo em torno de 45 bilhões de quilos de alimentos por ano. Cerca de 35% da produção agrícola no Brasil vai para o lixo, o que daria para alimentar mais de 10 milhões de pessoas, e temos no país mais de 30 milhões de pessoas que praticamente não se alimentam e cerca de  16 milhões destes sofrem de fome crônica, enquanto isso 60% de todo lixo domiciliar são compostos por comida.

       Atualmente, a cidadania, apesar de ser compreendida de diferentes formas, possui aspectos centrais que não podem ser desconsiderados. A sua construção, ocorrendo de forma coletiva, sempre é uma conquista de caráter não permanente que prevê organização e articulação social na luta por direitos e pela sua manutenção. Os direitos, por sua vez, ao mesmo tempo em que são individuais, também são coletivos, sendo indispensável a articulação de forças para que sejam garantidas as potencialidades de realização humana, oportunizadas pela vida social.

      Segundo a ONG World Watch Institute, relatório Estado do Mundo publicado em 2004, mostra que os norte-americanos e europeus somam cerca de 12% da população do planeta, mas são responsáveis por 60% do consumo doméstico mundial de bens e serviços. Imaginemos então, o restante dos 88% da população mundial adentrar no mercado do consumo com mesmo potencial, há necessidade de quantos planetas? A educação ambiental deve provocar mudanças de comportamentos, atitudes no qual o ser humano se perceba como um elemento integrador de um grande ecossistema: O planeta Terra com seus recursos finitos, e como uma grande Teia, a Teia da Vida onde um elemento degradada afeta a cadeia como um todo.

       Segundo Sigmund Bauman, a sociedade hoje se pauta no consumo, invertendo a máxima de Descartes, onde afirma: Consumo logo existe, entender a reciclagem como um processo importante é fundamental, mas acima de tudo a lógica de uma mudança no processo educativo é diminuir o Consumo e assumir a responsabilidade de um Consumo Sustentável, evitando assim o desperdício de todos os recursos, bens e serviços necessários a nossa vida. Acreditamos que Reduzir e Preservar são pontos chaves, no sentido da prática de processo ecologicamente corretos e pressupostos da sustentabilidade. Se acreditarmos na nossa tarefa de educar, devemos fazê-lo no sentido de preservar a vida, compreendendo as suas mais profundas conexões, materiais e espirituais. O conhecimento transforma as ações do ser humano, capaz de significar e ressignificar a existência do ser humano.

    Mural com atividades desenvolvidas pelos alunos do 8° ano
      
Destaca-se também, a forma da escola criar oportunidades para os alunos integrarem conteúdos de diferentes disciplinas curriculares, além de abrir espaço para o estudo e trabalho de conteúdos extracurriculares. Ao ser concebido como um projeto, o evento passa a ser uma das etapas a serem realizadas, visto que as dimensões sociais e culturais das relações entre os envolvidos no projeto fortalecem vínculos afetivos e a formação cidadã. 



Planejamento escolar

Bernardo Luza
Bolsista PIBID
Dentre as atividades desenvolvidas no PIBID, destaca-se o acompanhamento do cotidiano escolar. Observação das aulas, vivência da rotina da escola, desenvolvimento de projetos, mas também, participação nas reuniões diversas que envolvem a comunidade escolar. No dia 04 de abril de 2013 foi realizada na Escola Lara Ribas uma reunião para planejamento do encerramento do bimestre. Nessa reunião foram abordadas questões diversas relacionadas às condições de ensino. Estiveram presentes todos os professores da escola, juntamente com os diretores e coordenadores pedagógicos, além dos bolsistas PIBID. Dentre as discussões, foram abordados métodos de ensino, a importância dos pais na participação da vida escolar de seus filhos, a questão do registro de faltas do aluno, dos encaminhamentos de outros trabalhos e atividades para complemento avaliativo, das funções do segundo professor etc.
De certo modo, observou-se que a vida escolar não está somente na sala de aula, bem como se percebeu que o planejamento é atividade crucial para a prática dos docentes. O planejamento é um instrumento que possibilita perceber a realidade, através de um processo de avaliação, baseado em um referencial futuro. Para tanto, ele deve ser elaborado de acordo com o contexto social e os fatores externos do ambiente. Dessa forma, se faz necessário conhecer a realidade concreta da instituição perpassando todo o conjunto das atividades que aí se realizam, para que posteriormente sejam diagnosticados os problemas e apontadas as soluções. A forma de torná-las realidades não pode estar estranha aos conteúdos transformadores desses mesmos objetivos e nem às condições reais presentes em cada situação.
                

Atividades de educação ambiental

Cleverton Zamboni
Bolsista PIBID

Na Escola Marechal Bormannhá um projeto voltado à educação ambiental e à cidadania, no qual todo ano são realizadas oficinas em que os alunos desenvolvem atividades com intuito de colaborar com a conservação ambiental.Na edição de 2013, houve três atividadesprincipais que os estudantes realizaram. Uma delas corresponde a armadilhas para captura do mosquito da dengue, produzidas com garrafas pet, fita adesiva e uma malha de pano com furinhos minúsculos. Também foramcriadas pequenas lixeiras, com garrafas pet e tecido TNT, com o intuito de ajudar na reciclagem do lixo e para separar os chicletes que são mascados na escola.

Além disso, pensando no reaproveitamento de outros materiais recicláveis, os alunos fizeram lixeiras com caixas de leite para separação correta do lixo, utilizando cinco caixas de leites que foram lavadas, abertas, recortadas e coladas para formar uma caixa maior.Esta foi colada com fita crepe e, para enfeita-la, foi utilizada massa corrida e, em seguida, pintada com tinta guache.As turmas foram divididas de acordo com a faixa etária para realizar os diferentes processos de confecção.

Este projeto e bem aceito pelos alunos, sendo que as mesmas envolveram cerca de mil estudantes. Os bolsistas do PIBID, divididos em diferentes turmas, deram assistências diversas aos estudantes.


Reflexões sobre o PIBID e a escola

Bernardo Luza
Bolsista PIBID


A escola é somente uma das inúmeras fontes do conhecimento a que as pessoas têm acesso, mas pode fazer a diferença, pois possui o poder de, por meio do contato cotidiano dos docentes com os alunos, capacitar não para a “pobreza política” e para a acomodação, mas para a autonomia de pensamento e para novas descobertas científicas, esclarecendo, inclusive, que a indiferença é um dos elementos que impede os sujeitos de fazerem a “diferença” no espaço em que vivem.

A reflexão, por parte das escolas em geral, acerca dos conteúdos trabalhados em sala de aula é de suma importância. É essencial, no entanto, que se reflita até que ponto os conteúdos que são contemplados no processo de aprendizagem informam e educam para o exercício da Cidadania. Em alguns casos, a preocupação central dos docentes limita-se a uma execução fiel do plano de ensino. Esses acabam por deixar de lado a reflexão acerca de seu posicionamento dentro de uma sociedade onde as pessoas são tratadas de forma igual, mas deveriam ser, onde as pessoas não possuem o mesmo poder aquisitivo, mas deveriam possuir, onde a maioria das pessoas não participa ativamente, não se posiciona, não pensa na coletividade, mas deveria assim o fazer.




Deve-se considerar que os jovens pesquisadores, no entanto, alunos de ensino fundamental e médio devem ter este incentivo desde o início, para tornar um país mais igual e com oportunidades para todos. O PIBID é o grande diferencial e que torna visível a realidade do ensino no Brasil, proporciona ao acadêmico dos cursos de licenciatura uma visão antecipada e experiência para futuras intervenções, de certo modo, inovar, mudar a forma de se trabalhar com os alunos, avançando novos paradigmas e, consequentemente, contribuindo para uma sociedade melhor.