4 de fevereiro de 2013

O papel da propaganda: experiência de ensino com os 5° anos

Bruno de Matos Casaca

Bolsista PIBID



Diariamente somos “bombardeados” de informações pelas redes de comunicação, principalmente pela televisão, muitas dessas relacionados ao consumo. Esse modo de comunicação, a propaganda, é importante, pois de forma clara e simples transmite a ideia a ser divulgada. Ao introduzir o conteúdo da mídia e suas influências à população, os alunos do 5º ano das séries iniciais, tiveram contato com as formas de propagandas: informativa e persuasiva. Neste contexto, os bolsistas que acompanhavam a turma realizaram uma atividade com os alunos do 5° ano do ensino fundamental da Escola Marechal Bormann, a fim de fazê-los vivenciar a produção de uma propaganda, refletir sobre a maneira que algumas propagandas podem ser facilmente influenciáveis. A atividade consistiu em cada dupla de alunos criar um produto nos seguintes temas: vestuário, cosméticos, alimentação, informática e brinquedos, bem como vendê-los na forma de propaganda.

A turma foi organizada de forma que cada tema aparecesse duas vezes, e para que ocorresse competição entre as propagandas, cada dupla tinha um tempo de dois minutos por propaganda. Na sequência foram feitos planejamento, de como cada aluno faria a propaganda, bem como, cada fala e atitude para ser realizada. Após isso, foi realizada um ensaio com cada dupla.


Alunas apresentando.




Outra dupla apresentando seu produto.

          
         Na semana seguinte, foram realizadas as apresentações das propagandas. Cada dupla tinha dois minutos para apresentar a propaganda na frente de toda a turma. Foi solicitado ao restante dos alunos que prestassem atenção à propaganda, sem conversas, mas foi liberado a eles a possibilidade de fazer caretas e/ou gestos, pois essas são ações que os mesmo fazem frequentemente tanto em sala, como em casa.


Foram realizadas propagandas de: roupa com camuflagem e conjunto de vestido com sandálias (vestuário); protetor solar e conjunto de cremes (cosméticos); sanduiche natural e barra de chocolate (alimentação); vídeogame para Playstation® 3 e aparelho celular (informática); conjunto de tênis de mesa e (brinquedos).

Vestuário foi um dos temas apresentados.

A imaginação mexeu com a turma: roupa de camuflagem outro tema apresentado.

        
          Em geral a atividade foi tida como satisfatória, os alunos criaram propagandas de vendas de produtos, bem comuns vistas hoje pela mídia. A maior dificuldade vista por eles foi o tempo de fala, pois eles planejaram uma escrita que não ocupou todo o tempo necessário e tiveram que improvisar na hora para gastar esse tempo. Essa atividade torna-se interessante, pois parte de um planejamento que o aluno faz do evento, avalia-se disso seus próprios resultados, além de motivar o trabalho em grupo e responsabilidades.


3 de fevereiro de 2013

A sala de aula como um júri: uma experiência de ensino

Flávia Ruti Mass
Bolsista PIBID

A sala de aula é um local fundamental para a produção e aquisição de conhecimentos. E este processo se dá através do exercício de habilidades como a sistematização de ideias, a argumentação, o debate e a reflexão. Contudo, é de suma importância o desenvolvimento, no trabalho docente, de estratégias e metodologias que motivem e viabilizem a mobilizar tais habilidades, especialmente no trabalho com conteúdos cuja natureza é distante da realidade cotidiana dos mesmos. É com base nestes pressupostos que foi desenvolvida uma atividade semelhante a um júri, para o trabalho com conteúdos referentes à China, no caso, a política de controle demográfico (conhecida como “política do filho único”), e as características e críticas do regime econômico socialista e sua transição para o capitalismo.  

A ideia de trabalhar tais conteúdos na forma de júri surgiu após a professora ter trabalhado com os alunos do 9° ano, assuntos referentes ao Continente Asiático. Enquanto a professora da disciplina de Geografia explicava o conteúdo, os alunos demonstraram grande interesse pela China e suas especificidades, principalmente em relação ao controle do crescimento demográfico que é realizado pelo Governo no país, e também pelo modelo econômico vigente que é o socialismo. Considerou-se que realizar um júri seria adequado, pois os alunos pesquisando compreenderiam melhor os prós e os contra da política chinesa do filho único, bem como regime econômico socialista.

Após a professora ter, explanado sobre o conteúdo e feito atividades com os alunos, iniciou-se a atividade do júri. Primeiramente averiguou-se se eles sabiam o que era um júri, e em seguida foi explicado como este é feito. Para facilitar a compreensão dos mesmos, recomendou-se a alguns filmes que abordam a temática.

Na etapa seguinte, dividiu-se a turma em dois grupos (determinados identificados como números 1 e numero 2), o primeiro ficou responsável pela defesa da política do filho único e da economia socialista, e o segundo com a acusação, no caso, com as críticas à política demográfica chinesa e ao socialismo. Para eles começarem a fazer a pesquisa disponibilizou-se temas para os dois grupos abordarem. Na aula seguinte, explicou-se que os alunos deveriam argumentar sobre seus temas em duplas, sendo disponibilizado 5 minutos para cada dupla.  Solicitou-se a eles que também entregassem um resumo da argumentação elaborada pelos mesmos, a fim de que pudéssemos orienta-los em suas defesas. 


Alunas defendendo suas idéias.

Para o desenvolvimento da atividade foram utilizadas seis aulas, sendo quatro para a produção e outras duas para a execução. O objetivo foi trabalhar com os alunos alguns aspectos que estes considerassem interessantes e curiosos sobre a China, sendo eles mesmos os responsáveis por selecionar o que seria importante estudar e compreender melhor, fazendo com que os estudantes se tornassem atuantes na construção do conhecimento. Ao final percebeu-se que todos deram o seu melhor, sendo que o resultado da atividade superou as expectativas.


Presença dos bolsista na atividade.
A atividade foi aprovada tanto pelos alunos, que melhoraram seus conhecimentos e tiveram sanadas suas dúvidas e curiosidades sobre o conteúdo, como pela professora responsável pela disciplina de Geografia, que com a contribuição das bolsistas pôde trabalhar melhor com os conteúdos de interesse dos alunos. As bolsistas também avaliaram de maneira muito positiva a atividade, pois foi uma oportunidade de desenvolver novas experiências e adquirir conhecimentos, bem como pela massiva participação de todos os alunos, envolvendo-se no processo e realizando as tarefas.

Atividades que despertam o interesse dos alunos devem ser trabalhadas através do envolvimento dos mesmos na elaboração de seus próprios saberes, sendo que a formação crítica de um sujeito passa, antes de tudo, pela formação de um aluno que desenvolve seus próprios conhecimentos e atua sobre eles manifestando sua opinião.