Annelise Edith Schmidt
Supervisora - PIBID/Geografia
Bernardo Luza
Bolsista PIBID/Geografia
Atualmente, sabe-se que é preciso de
forma urgente evitar o enorme desperdício de alimentos gerados no mundo. Com a
emergência da consciência ambiental que já se sente no sentido de evitar o
aumento de degradação de florestas, de acordos e legislação que tratam da
diminuição da poluição do ar, em função do aquecimento global, o processo de
reciclagem de materiais, é emergente enfrentar o Desperdício de alimentos, uma
vez que há já comprovadamente perda de solo agricultável e grandes áreas
produtoras de alimentos voltados para produção de combustíveis.
Na nossa Unidade Escolar, a realidade chega
ser chocante, as refeições dos alunos é terceirizada, e segundo dados
levantados pelos alunos durante uma semana de observação, pesagem e
acompanhamento de todo alimento jogado no lixo, chegou aos absurdos 102
kilogramas. Precisamos sim, pensar em
uma escola Sustentável então temos que fazer a tarefa de casa, diminuir o
Desperdício e dar um fim ambientalmente correto das sobras, que deverão ser
reduzidas consideravelmente e de forma urgente.
Vivemos numa Sociedade do Consumo, onde
não só alimentos são desperdiçados, mas somos geradores de inúmeros materiais
recicláveis, onde muito pouco disso é reaproveitado e realmente reciclado,
portanto emerge discutir e pensar no desenvolvimento de uma Sociedade capaz de
reavaliar suas atitudes e perceber que estamos no limite dos recursos
oferecidos pelo Planeta, assim como a disponibilidade de energia para
processamento de tudo que precisamos e nos cerca enquanto consumidores.
Supérfluos, embalagens e bens de rápido descarte e superação tecnológica fazem
parte do cotidiano do cidadão global como algo normal, e parecer infinito
imperativo de uma mídia mediática.
A teoria científica que utiliza a lógica
do saber técnico-instrumental se sintetiza no nascimento da ideia de que o
conhecimento consiste na dominação da natureza e da sociedade. Com isso, ela
reúne junto a si a busca constante de novos métodos de explorar novos caminhos,
as descobertas realizadas são aplicadas para efetivação de determinados objetivos,
na maioria das vezes, beneficiando somente uma minoria.
Há
no planeta dois bilhões de pobres que não se alimentam por não terem acesso a
alimentos e por outro a dramática situação do desperdício, e o Brasil está
entre os dez países do mundo que mais desperdiçam alimentos, calcula-se que no
mundo são jogados no lixo em torno de 45 bilhões de quilos de alimentos por
ano. Cerca de 35% da produção agrícola no Brasil vai para o lixo, o que daria
para alimentar mais de 10 milhões de pessoas, e temos no país mais de 30
milhões de pessoas que praticamente não se alimentam e cerca de 16 milhões destes sofrem de fome crônica,
enquanto isso 60% de todo lixo domiciliar são compostos por comida.
Atualmente,
a cidadania, apesar de ser compreendida de diferentes formas, possui aspectos
centrais que não podem ser desconsiderados. A sua construção, ocorrendo de
forma coletiva, sempre é uma conquista de caráter não permanente que prevê
organização e articulação social na luta por direitos e pela sua manutenção. Os
direitos, por sua vez, ao mesmo tempo em que são individuais, também são
coletivos, sendo indispensável a articulação de forças para que sejam
garantidas as potencialidades de realização humana, oportunizadas pela vida
social.
Segundo a ONG World Watch Institute,
relatório Estado do Mundo publicado em 2004, mostra que os norte-americanos e
europeus somam cerca de 12% da população do planeta, mas são responsáveis por
60% do consumo doméstico mundial de bens e serviços. Imaginemos então, o
restante dos 88% da população mundial adentrar no mercado do consumo com mesmo
potencial, há necessidade de quantos planetas? A educação ambiental deve
provocar mudanças de comportamentos, atitudes no qual o ser humano se perceba
como um elemento integrador de um grande ecossistema: O planeta Terra com seus
recursos finitos, e como uma grande Teia, a Teia da Vida onde um elemento
degradada afeta a cadeia como um todo.
Segundo Sigmund Bauman, a sociedade hoje se
pauta no consumo, invertendo a máxima de Descartes, onde afirma: Consumo logo
existe, entender a reciclagem como um processo importante é fundamental, mas
acima de tudo a lógica de uma mudança no processo educativo é diminuir o
Consumo e assumir a responsabilidade de um Consumo Sustentável, evitando assim
o desperdício de todos os recursos, bens e serviços necessários a nossa vida. Acreditamos
que Reduzir e Preservar são pontos chaves, no sentido da prática de processo
ecologicamente corretos e pressupostos da sustentabilidade. Se acreditarmos na
nossa tarefa de educar, devemos fazê-lo no sentido de preservar a vida,
compreendendo as suas mais profundas conexões, materiais e espirituais. O
conhecimento transforma as ações do ser humano, capaz de significar e
ressignificar a existência do ser humano.
Mural com
atividades desenvolvidas pelos alunos do 8° ano
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Destaca-se também, a forma da escola criar oportunidades para os alunos integrarem conteúdos de diferentes disciplinas curriculares, além de abrir espaço para o estudo e trabalho de conteúdos extracurriculares. Ao ser concebido como um projeto, o evento passa a ser uma das etapas a serem realizadas, visto que as dimensões sociais e culturais das relações entre os envolvidos no projeto fortalecem vínculos afetivos e a formação cidadã.