3 de outubro de 2015

Curso de Geografia da UFFS, campus de Chapecó, realiza evento sobre o Ensino de Geografia


Débora Weber de Souza e Nadialine Zambot
Bolsistas PIBID


Nos dias 15 e 16 de setembro de 2015, no auditório da UFFS, Campus Chapecó, foram realizadas duas palestras envolvendo a temática do Ensino da Geografia no âmbito do II Café Geográfico, com as professoras Lana de Souza Cavalcanti (UFG) e Helena Copetti Callai (UNIJUI), importantes estudiosas da área de Ensino de Geografia e pesquisadoras do CNPq. Os temas das conferências foram “Ensinar e Aprender Geografia” no primeiro dia, e “Juventude, espaço e tempo: desafios da prática docente do Ensino Médio” no dia 16. O evento foi organizado pelo programa Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio e teve a coordenação dos professores do curso de Geografia da UFFS/Chapecó Adriana Andreis e Willian Simões.

Os dois eventos trouxeram à discussão os desafios do ensino-aprendizagem da Geografia no processo da produção do conhecimento em sala de aula. Nessa perspectiva, as conferencistas buscaram relacionar a tensão existente entre a universidade e a escola na redução do conhecimento científico e limitação na educação geográfica. No primeiro dia, as professoras propuseram trabalhar os conceitos geográficos dentro da sala de aula, por meio das análises sobre os conceitos na construção do pensamento espacial, ou seja, pensar a espacialidade e tornar a aula um objeto de investigação. Nesse sentido, a sala de aula se torna um espaço de produção e reprodução do conhecimento.

Já no segundo dia de evento, a discussão sobre o processo do ensinar e aprender Geografia em caráter conceitual foi retomada sob a perspectiva do ensino médio, focando nas expectativas do jovem e sua identidade estudantil. Nesse debate, a escola é vista como um importante espaço de socialização dos jovens e reprodução da sua identidade estudantil, que seria a forma cultural do jovem se expressar nesse espaço.



Profª. Drª. Helena Callai.
Foto: Fabio Denig.



Profª. Drª. Lana Cavalcanti.
Foto: Fabio Denig.


Conferencistas respondendo às questões da plateia. 
Foto: Ederson Nascimento.


Diante disso, surge a necessidade de (re)discutir o ensino da Geografia no Ensino Médio, devido a forma produtivista que a mesma é abordada, pois suas bases não são as dos conceitos geográficos para compreensão do espaço social e sim as dos conteúdos dos vestibulares, e a formação dos alunos não é voltada para pensar a espacialidade. A problemática do espaço vivido por aquele individuo é voltada apenas para o mercado de trabalho, e o professor, nesse processo, acaba por atuar com ensino mecanicista, um ensino que ignora o espaço social do jovem e sua identidade estudantil, onde não existe um diálogo e este atua de forma passiva aos processos de transformação existente neste “espaço-tempo” escolar.


2 de outubro de 2015

Do mundo bipolar à economia-mundo: atividade de ensino


Edcleia Pedon e Tatiane Ribeiro
Bolsistas PIBID


Durante o mês de junho, na escola EEB Tancredo de Almeida Neves, desenvolveu-se um projeto com o 2º ano do ensino médio, no qual foram abordados os assuntos "Guerra Fria", "Capitalismo e Socialismo", "Globalização", "Economia-mundo" e "Metas do Milênio". Objetivou-se despertar nos alunos a vontade pelo conhecimento dos conhecimentos histórico-geográficos, reconhecer as diferenças principais entre capitalismo e socialismo, identificar os principais aspectos da globalização, conhecer como ocorre a economia-mundo e por fim trabalhar sobre as metas do milênio.
Destacando a importância de se trabalhar com diversas didáticas diferentes para melhor aprendizagem dos alunos, utilizou-se técnicas e metodologias diferenciadas para melhor aprendizagem dos alunos, quais sejam: exibição de vídeos, questionário oral, questionário escrito, discussão sobre a Guerra Fria, textos, acompanhamento no livro didático, seminário apresentado pelos alunos sobre as metas do milênio, prova avaliativa e prova de recuperação.

Pode-se perceber que durante as aulas sobre os conteúdos abordados os alunos se interessaram bastante pelos vídeos e atividades propostas, pelo que pode-se perceber gostaram bastante. Os vídeos mostrados puderam esclarecer dúvidas sobre o tema, da maneira que visualizando os alunos puderam ter um conhecimento maior de tudo, vendo na prática o que realmente aconteceu com imagens e explicações. Esse projeto pode desenvolver ainda nos alunos uma visão mais clara do conteúdo.

Durante a realização das provas, a maioria dos alunos soube dominar o conteúdo e a minoria que foi mal teve chance de recuperar sua nota após ser realizado um trabalho de recuperação. Também gostaram muito de apresentar o seminário com as regras o que gerou longa discussão sobre os temas apresentados no trabalho.


Momentos das atividades.


Ao findar-se esse projeto com os conteúdos abordados pode se concluir que de maneira quase que geral ocorreu tudo bem sem grandes dificuldades e com certeza ocorreu conhecimento por ambas as partes participantes, as metodologias aplicadas poderiam ser mais diversificadas mas em questão do tempo em decorrência da greve foi tudo meio que “apressado” mas acreditamos que da maneira em que foi exposto o conteúdo houve sim a aquisição de conhecimentos pois, durante as aulas houve muita discussão e explanação das dúvidas ocorrentes. 

Por fim, resumindo, pode-se dizer que foi um projeto simples mas de grande aprendizado.